Rumpus Room

April, 2020
AMRN064-CD
CD Carboard Box
Price: 
12.50
Luca Collivasone & Gianni Mimmo

An intriguing chemistry sorting out from a risky collaboration between two musicians whose background, derivations, and declinations may suggest weird outputs. Rumpus Room is a fantastic album that delivers multifaceted sound tales, dystopic meditations and unusual form investigations.

A chamberish flavor enhances the contemplative attitude of this music, kind of thrilling Tableaux Vivants, layering surprising perspectives thanks to a thoughtful dialogue between Gianni Mimmo’s soprano saxophone and the effervescent soundscape generator, the self-built Cacophonator, invented and operated by Luca Collivasone.

A great album setting these two artists respective paths in a new, fresher, revealing light.
Don’t miss this one!

Have your day sound-tracked by the vibes of the Rumpus Room!

Reviews

Jazzword
Ken Waxman

Melding a saxophone’s extended techniques with the pulses and crackles created by an electrified instrument in real time calls for both players to have near extrasensory perception and instantaneous reactions.

Featuring Italians, soprano saxophonist Gianni Mimmo, who has played with tonal innovators like Vinny Golia, and sound designer Luca Collivasone, who manipulates a self-create cacophonator, Rumpus Room was recorded without multi-tracking or overdubbing in separate session over an11 month period. Somehow common ground is reached for idiosyncratic reed patterns and quirky noises produced by a sewing machine with attached chassis plus recycled springs, hardware tools, toys and other implements. 

With its dual genesis in Rube Goldberg and Pierre Schaeffer, Collivasone’s cacophonator is often the focal point of Rumpus Room. This is particularly obvious in the disc’s concluding sequences. Pounding on wood and metal as springs echo characterizes “Nattmara”, for example. Yet there and elsewhere, Mimmo doggedly insists on chromatic lines to preserve the exposition with straight-ahead trills. Meanwhile Collivasone further detonates ring-modulator-like gongs and mumbled voice samples. The invention’s wacky commotion is emphasized throughout with noises resembling furniture movement, rocket-launching and rubber-band-like undulations. Yet the saxophonist’s sound strategies not only complement many of the sounds but also slip distinctive overblowing, flattement, tongue trilling and stuttering flutters among the cacophonator’s blasts. Furthermore although Collivasone’s manipulations can suggest the textures of an entire rhythm section of guitar flanges, double bass slaps and drum thumps, as it does on “As You Certainly Know”, the saxophonist’s flutters and slurs keep the track’s evolution horizontal. Resolution of the concept is on the concluding “Longing of a Dragonfly”. As bell-tolling and earth-moving groans from the cacophonator join with guitar-like string slashes, Mimmo stays focused on a quick tongued theme extension and in derision or triumph ends the tune and the CD with extended sweet glissandi.

All About JazzNeri Pollastri
Neri Pollastri

Il primo CD, Rumpus Room, il numero 64 del catalogo, è un lavoro in duo davvero singolare, che vede di scena lo stesso Mimmo e Luca Collivasone. Attivo nel mondo della musica da oltre quarant'anni ma sempre su posizioni originali e defilate, Collivasone da qualche anno ha messo a punto uno strumento originale, che ha chiamato cacophonator, sulla scia dello storico "intonarumori" del futurista Luigi Russolo. Si tratta di un'artigianale rielaborazione di una macchina da cucire Singer degli anni Quaranta del Novecento, ottenuta attraverso l'aggiunta di ogni sorta di materiali poveri, così da permettere allo strumento la produzione di una molteplicità di suoni. Mancando tuttavia sia di una propria intonazione, sia di una strutturazione tecnica atta a fargli produrre suoni specificamente determinati, il cacophonator origina musica essenzialmente aleatoria ed è per propria natura adatto all'improvvisazione. 

Registrato tra il 2018 e il 2019, il lavoro si apre con un vero e proprio urlo, prolungato, del soprano, che viene subito dopo affiancato dai suoni del cacophonator: percussioni, eco, stridori, occasionalmente rumori e perfino voci registrate, che si susseguono come fossero un tappeto dalla trama sempre cangiante, srotolato in tempo reale da Collivasone e sopra il quale Mimmo sviluppa altri disegni con il soprano. Di traccia in traccia i due danno vita a situazioni diverse, variando soprattutto la densità del disegno, ma anche la tipologia dei suono del cacophonator e l'intenzione espressiva del sax. Ne scaturisce qualcosa di davvero molto originale, che rimanda un po' alla musica elettronica, un po' alla contemporanea e un po' al noise, senza essere pienamente riconducibile a nessuno di questi generi. 

Ciò che sorprende, in particolare, è come i due artisti e i loro strumenti riescano a riconoscersi l'un l'altro e a procedere lungo tutto l'arco dei quarantacinque minuti di musica in modo coerente e leggibilissimo, a dispetto non solo della natura improvvisata della performance, ma anche e soprattutto della marcata differenza della gestione dei suoni—acustici e intervallari da una parte, elettrici e/o aleatori dall'altra. Come nelle migliori esperienze di musica improvvisata, qui il dialogo tra (suoni) diversi riesce a costruire un flusso narrativo "vitale," nel senso di essere cioè topograficamente corrispondente allo scorrere delle cose nella vita. 

Beats for Peeps
João Morado

Rumpus Room foi a sala de jogos na qual Gianni Mimmo e Luca Collivasone exploraram as possibilidades electroacústicas do seu duo, qual playground que serviu como tabuleiro para que cada um dos músicos trouxesse a jogo a sua linguagem, originando uma parceria que tem tanto de fascinante como de inusitada. Aliás, esta é uma junção que é descrita em notas de apresentação como uma “colaboração arriscada”, mas que, no entanto, tal como se comprova ao longo da audição do álbum, se traduziu numa exploração sónica de grande densidade textural e de uma riqueza estética com contornos cénicos e cinematográficos interessantíssimos. 

Mimmo, como é habitual, apresentou-se ao comando de um instrumento de sopro, desta vez o saxofone soprano, instrumento acústico que contrasta com as topologias eléctricas e ondulatórias produzidas pelo Cacophonator de Collivasone, máquina por ele inventada, metade instrumento metade instalação artística, construído a partir de uma máquina de costura dos anos 1940, que foi aumentada com materiais reciclados, molas, brinquedos e hardware à medida. Este gerador de musique concréte é uma criação com raízes “na música aleatória e na investigação de Pierre Shaeffer”, transcendendo a sua simples função de modulador de sons na medida em que se assune, ele próprio, como um terceiro elemento deste registo, visto que “é tarefa do músico entrar em simbiose com o instrumento e encarar eventos inesperados ou explorar ocasiões interessantes”. Este aproveitamento da serendipidade do Cacophonator requer, certamente, experiência e sensibilidade, facto que exponencia ainda mais o fascínio e curiosidade imediatamente por ele gerados. Apesar destas singulares características, o possível entrosamento desta curiosa criação com o vocabulário de Mimmo – a meio caminho entre as sonoridades jazzísticas e clássicas – não é, de todo, e a priori, aparente.  Porém, a sua não-ortogonalidade em relação ao timbre e gramática do saxofone é aqui afirmada veementemente ao longo de 8 temas, muitíssimo bem conseguidos, e que nos fazem navegar por geometrias e colorações únicas, este que é um disco audição recomendada. 

“Township Ecstasies” começa com o sax alto literalmente nas alturas, num registo agudo, que, abruptamente, cai para se estabilizar e criar uma composição disforme em que o duo, cautelosamente, apalpa terreno, experimentando e testando os limites mútuos. “Whirling Sema”, avança, discretamente e aos solavancos, criando uma atmosfera sinistra e terrorífica – muito graças aos trítonos debitados pelo Cacophonator, que, gradualmente, vão perdendo coerência -, complementada por frases de Mimmo. “Swooning Benefit” é um tema abstracto no qual ambos os músicos se entregam a uma meditativa reflexão: ouvem-se notas longas multifónicas vindas do saxofone, longitudinalmente justapostas a serenas granularidades electrónicas; além disso, entra em cena uma textura percussiva, que guia o duo até ao final do tema. Em “As You Certainly Know”, Collivasone cola-se a um quasi-ostinato que repete enquanto Mimmo navega por variações melódicas sobre o tema. “Nattmara” é experimental, quase lúdico e divertido – uma exploração do acaso do Cacophonator; apesar disto, de forma brilhante, Mimmo consegue desenterrar ao silêncio melodias que adornam os estranhos sons, por vezes fónicos, que Collivasone extrai da sua invenção. “Severe” e “Beyond Turbulence” – duas curtas faixas, ambas com dois minutos e vinte segundos – são provavelmente experiências de design de som, dominadas por Collivasone e com pontuais intervenções de Mimmo. Para rematar, “Longing of a Dragonfly” pode ser considerado uma síntese do que se ouviu até aqui: é um tema tenso, que o duo acaba por, finalmente, conseguir resolver, terminando, assim, numa sensação de acalmia e relaxe. 

Rumpus Room é experimentação de alto nível vinda de Itália, altamente criativa e original. Sem margem para dúvidas, o meu lançamento favorito da Amirani Records deste ano

The New Noise
Nazim Comunale

Fantasmi della stessa famiglia a cui appartenevano quelli splendidi evocati da Evan Parker nel mio disco preferito del 2019: apparizioni, sparizioni, ombre, fughe, satelliti, ellissi, eclissi, appostamenti, botole. Un dialogo a due tra il sax soprano nitido e pensoso di Gianni Mimmo, patron della Amirani Records, e l’imprendibile cacophonator (un intonarumori dell’Antropocene?) di Luca Collivasone: una sorta di audiogiornale jazz dove s’incontrano Steve Lacy e i Residents, un blob anarchico, ispido e controllatissimo nel quale fioriscono mila immagini che durano il tempo di un satori, un vulcano di idee che ribollono e poi scoppiano, si rapprendono di nuovo e poi schizzano, un magma denso e lieve che porta e trasporta, tra terra e astrazione. I suoni concreti, da fucina di Efesto, dello strumento autocostruito di Collivasone fungono da perfetto contraltare ai voli del sassofono, creando un luogo inaccessibile e familiare, indicibile e monumentale, intimo e cosmico, amniotico e oceanico. Carillon dell’apocalisse, maree dentro una stanza. Questo cd (anche vinile numerato in 100 copie) è un vero e proprio vaso di Pandora, non perdete l’occasione di scoperchiarlo, mortali e immortali.

Chain DLK
Steve Mecca

Now this is a surprising delight- a collaboration between avant-garde soprano saxophonist Gianni Mimmo and Luca Collivasone, the player of the unique "Cacophonator" instrument - a tricked out and wired up 1940's sewing machine aggressively modified into a bizarre musical instrument. Although Mimmo is new to me (he's been releasing albums since 2005), I reviewed Collivasone's 'Vostra Signora Del Rumore Rosa' LP here back in 2018, and if you want a more detailed description of the cacophonator you can refer to that review. This certainly isn't the first collaboration of between a jazz instrument and electronics (or something like it) but because of Luca's highly varied instrument it sounds like something fresh that's never been done before. Something that comes to mind as vaguely similar are the collaborations between free jazz multi-instrumentalist Joe McPhee and synthesist John Snyder, but even they pale in comparison to this. 

'Rumpus Room' opens with a track titled "Township Ecstasies" with Mimmo running up to the highest notes while Luca provides bizarre rhythmic input on the cacophonator. Lots of other strange but familiar sounds emanate from it too, and it even manages to provide double-bass that could have come from Bruno Tommaso or Charlie Haden. As the players delve deeper into the instrumental interplay feeling each other out, the track serves as a showpiece of what these two are capable of, and it's formidable. Over the course of eight tracks clocking in at a mere 31 minutes, these two musicians challenge each other in a way they've probably never been challenged before. After a few listenings it almost seems as though this combination was a match made in avant-garde free jazz heaven; there is so much chemistry at work. The general aura is mysterious melancholy, and I'm reminded of Tuxedomoon in that regard, although this is really further out. While Collivasone provides the environment this strange trip is set in, Mimmo plays the part of the protagonist who must navigate it, and does so with nimble aplomb. While some might find some of the weird sounds that pop out of the cacophonator distracting, I found it to be a source of endless inventiveness and amusement. It is the ultimate X-factor in improvisation, and really takes the avant-gardeness of this free jazz experiment to a whole new level. Mimmo's virtuosity on the soprano sax cannot be overstated; he's just that damn good, and with the Collivasone Cacophonator as his foil, this surely is a dynamic free jazz duo.

Solar Ipse
Loris Zecchin

Approfondire e ampliare il campo espressivo attraverso l’indagine sui suoni vivi, che escono al momento. È così che l’album realizzato da Collivasone al cacophonator e Gianni Mimmo al sax soprano crea la sua aura. La pasta è ben stesa, niente grovigli ansimanti. Tanto che, a volte, la sensazione è quella di trovarsi davanti ad un’asciuttezza disturbata e fuori rotta. L’apertura è il sangue e ri-affluisce nell’arto indolenzito a poco a poco: bolle solforose di suoni dal cacophonator e sax strisciante, alle prese con un duello tra nubi e solein cui nessuno ha la meglio (Township Ecstasies). Poi uno sguardo scintillante si accende e le pieghe della materia cominciano ad essere un pelo più percepibili, concrete (Whirling Semà). Segue una cosa spacey da calma montante/forza trattenuta in sintonia con la Radiophonic Workshop (Swooning Benefit), che a me ha ricordato il primo momento in cui si viene a contatto con l’aria gelida dopo essere stati al calduccio tutto il dì.
La scaletta a questo punto ci riserva il primo pezzo dove il dialogo tra i due strumenti è meno aereo e ipotizza soluzioni diverse dal rilascio destrutturato (As You Certainly Know). A seguire una girandola di suoni con il lato della cucitura rivolto verso l’esterno, e contanti di voci su nastro velocizzate che mimano brividi lungo la schiena (Nattmara). Sosta brevissima nell’umore della precedente dissertazione (Severe) prima di riprendere il cammino e concludere con gli ultimi due pezzi, dal sapore hauntologico e tesi a sondare fragilità notturne (Beyond Turbulence e Longing Of A Dragonfly).

 

To deepen and widen the expressive field through the investigation of living sounds, which come out at the moment. This is how the album made by Collivasone on the cacophonator and Gianni Mimmo on soprano sax creates its aura. The paste is well stretched, no panting tangles. So much so that, at times, the sensation is that of being in front of a disturbed dryness and off course. The opening is blood and re-flows back into the sore limb little by little: sulphurous bubbles of sounds from the cacophonator and crawling sax, struggling with a duel between clouds and sunshine where no one gets the better (Township Ecstasies). Then a glittering glance lights up and the folds of matter begin to be a more perceptible, concrete (Whirling Semà). What follows is a spacey thing from upright calm/strength held in tune with the Radiophonic Workshop (Swooning Benefit), which reminded me of the first moment you come into contact with the icy air after being warm all day long.
The setlist at this point reserves for us the first piece where the dialogue between the two instruments is less aerial and hypothesizes different solutions from the unstructured release (As You Certainly Know). Then there is a pinwheel of sounds with the side of the seam facing outwards, and cash of voices on speedy tape mimicking shivers down the back (Nattmara). A very short stop in the mood of the previous dissertation (Severe) before resuming the journey and concluding with the last two pieces, with a hauntological flavour and aimed at probing nocturnal fragility (Beyond Turbulence and Longing Of A Dragonfly).

Sands Zine
Mario Biserni

Non sembra essere il momento migliore per pubblicare la recensione di questo disco madornale. Il caldo, le ferie, il ritorno del covid, tutto sembra complottare per distogliere l’attenzione dei potenziali lettori. D’altronde non potevo rinviare ulteriormente, dato che è ormai da diverso tempo che “Rumpus Room” mi occhieggia da sopra la scrivania.
L’incontro fra il sax soprano di Gianni Mimmo e l’intonarumori di Luca Collivasone possiede tutti i crismi del disco epocale.
Collivasone può essere definito un novellino, è relativamente poco consistente la sua presenza nel mondo discografico, pure affronta quest’avventura con il piglio del musicista ultranavigato. Nello stesso momento presenta però il gusto effervescente dei frutti di nuova maturazione, dovuto al fatto che è un neofita pure in relazione a una collaborazione di questo tipo.
Gianni Mimmo, diversamente, è un musicista con alle spalle una considerevole discografia, un numero elevato di concerti e una rete diffusa di collaborazioni. La sua popolarità travalica ormai da tempo i confini nazionale e, in primo luogo, non è nuovo a simili escursioni fuori dal seminato (da intendere come in terra incolta, e quindi con un significato estremamente positivo). Voglio qui ricordare, a tal proposito, le collaborazioni con Xabier Iriondo. Il confronto con il cacophonator di Collivasone rappresenta per lui, comunque e nonostante ciò, un’esperienza nuova particolarmente stimolante. Oserei dire che “Rumpus Room” è per Mimmo quello che per Anthony Braxton era stato il “Time Zones” con Richard Teitelbaum.
L’approccio melodioso al rumore dell’uno e l’approccio lievemente dissonante alla melodia dell’atro trovano in questi appunti un punto d’incontro in perfetto equilibrio.
Sorprendente. Dischi come questo riconciliano con il piacere di ascoltare la musica.

Romano Augusto Fiocchi

Ho ascoltato Rumpus Room e ho sentito il monologo di Molly, il ronzio ininterrotto del Malone di Beckett, il farneticare di Finnegan. Mimmo e Collivasone, rispettivamente sax soprano e cacophonator, scrivono una narrazione sperimentale a quattro mani, una narrazione dove le parole sono fatte di suoni. Da ascoltare e riascoltare.

Percorsi Musicali
Ettore Garzia

 “La Stanza Dei Disturbi”, July 2020.

 

 

Kathodik
Marco Carcasi

Il sax soprano di Gianni Mimmo e il generatore di suoni concreti ideato e assemblato da Luca Collivasone, si affiancano/affrontano in una cruda azione in presa diretta d’ispida bellezza.
Il cacophonator di Collivasone nasce armeggiando attorno una vecchia macchina da cucire Singer oltraggiata/rielaborata.
I due sul filo viaggian che è una meraviglia, senza nessun artifizio di studio post, generano otto movimenti notturni di originale fattura, dove il sax di Mimmo, con i denti si pianta nella vena mentre Collivasone organizza scenari detritici di bizzarra beltà vintage.
Mimmo avventuroso lo è sempre stato, Collivasone idem.
Stufi del solito con tanta voglia di trascorrer una particolare mezz’oretta?
Provate “Rumpus Room”.

Arcipelago Jazz
Alberto Bazzurro

Rumpus Room vede il sopranista pavese Gianni Mimmo, ospite assai frequente di queste righe, duettare con Luca Collivasone, di professione, almeno nello specifico, cacofonatore. Colui che genera cacofonie, rumori, in poche parole, facendo tornare alla mente il glorioso intonarumori creato oltre un secolo fa dal futurista Luigi Russolo. Qui il procedimento fa assumere alla musica di Mimmo, che il collega “disturba” e integra, un tono come stranito, surreale, con esiti spesso gustosi.

Rockerilla
Francesco Buffoli

Non ricordo molti musicisti metamorfici coemGianni Mimmo, il cui nome si colloca da tempo nella costellazione dei maestri del jazz contemporaneo. Con l’avveniristico Rumpus Room,  il sassofonista si sintonizza sulle frequenze del cane sciolto Luca Collivasone, attivo sin dai primi ’80 e instancabile esploratore degli universi sonori più insoliti. Il sassofono soprano qui duella in uno spazio virtuale con il  cacophonator, generatore di suoni inventato da Collivasone stesso [rielaborando una macchina da cucire Singer degli anni ’40]: l’esito è affine agli esiti di certa avanguardia dell’ultimo novecento, la cui aleatorietà viene catapultata nel modo dell’elettronica più eccentrica. ASTRATTISMO PURO.

Avant Music News
Daniel Barbiero

Over the course of his career, Pavian soprano saxophonist Gianni Mimmo has recorded a good number of duets with a wide variety of musicians. On Rumpus Room he plays with someone who surely must be one of his most unusual duet partners: Luca Collivasone. What makes Collivasone unusual is in part his eclectic background, which includes classical guitar, electronic sound design, and rockabilly, but also his choice of instruments for this recording: the Cacophonator. The Cacophonator is an instrument Collivasone built himself from an old Singer sewing machine he bought from a junk shop; it is a unique hybrid of strings, springs, buttons and miscellaneous electronics and mechanisms that can sound like steel drums, pizzicato cello, a primitive synthesizer, or a drum machine. Producing for the most part sonorities rather than melodic material, it largely provides the field against which Mimmo’s saxophone is the figure. And Mimmo certainly responds to its unconventional stimulus in creative ways: ordinarily playing with a highly refined, rounded tone, here he plays instead with an unusually keen edge and a focus on pure sound and extended technique as well as melody. The combination of Collivasone’s and Mimmo’s two voices on this recording is astonishingly successful; open ears will be well-rewarded.

Onyx Improv and Sound
Jean Michel Van Schouwburg

On ne dirait pas mieux. Luca Collivasone joue d’un bien curieux instrument auto-construit, le cacophonator. Gianni Mimmo a un malin plaisir à insérer son jeu mélodique un brin répétitif et minimaliste au saxophone soprano dans les vibrations étranges, glissandi éthérés, battements mécaniques et sonorités d’outre-tombe de l’appareil mystérieux. Le but de Mimmo est de toute évidence ajouter encore plus de mystères, de signaux secrets, créant des mélodies où pointent des aigus magiques et des descentes de gamme asymétriques. Deux sensibilités très différentes se font face et se contredisent intelligemment comme dans le 5. Nattmara. Le cacophonator est assurément une installation très originale qui multiplie les possibilités sonores de l’électronique ou du sampling, comme si c’était une machine absurde, douée de raison ou de déraison, transformant aussi la voix et les phrases. Luca Collivasone entretient bien des capacités narratives avec ce qu’il faut d’humour à bon escient. Gianni Mimmo cultive un art concis de l’intervention avec une légère dimension ludique pour les huit improvisations de ce très réussi Rumpus Room. Sa sonorité lunaire et son sens de l’ellipse rencontre de manière imprévisible la douce folie de son partenaire. Leurs efforts conjugués s’évadent dans un univers poétique peu commun. Comme le suggère l’auteur des notes de pochette, une entreprise qu’on aurait pu trouver sur la fameuse liste de Nurse With Wound. Excellent.

Il Manifesto
Guido Festinese

Esce per Amirani “Rumpus Room” una registrazione avventurosa in cui il soprano dell’inventivo sassofonista Gianni Mimmo incrocia i temerari «soundscapes»generati dal cacophonator, ideato e «guidato» da Luca Collivasone. 

Vinylmine

Παράξενο άλμπουμ, αλλά πάντα στα μέτρα της ιταλικής Amirani Records, το “Rumpus Room” (2020) φέρνει μαζί δύο αναγνωρισμένους αυτοσχεδιαστές, τον γνωστό μας σοπρανίστα Gianni Mimmo και τον συμπατριώτη του πολυοργανίστα Luca Collivasone. Ο Collivasone μπορεί να παίζει, σε διάφορες εγγραφές κιθάρες, σύνθια ή τρομπέτα, αλλά εδώ το βασικό όργανό του είναι το cacophonator. Τι είναι αυτό; Μια γεννήτρια παραγωγής ήχων, που έχει κατασκευασθεί από τον ίδιον και που παράγει ιδιόμορφους ηλεκτρονισμούς. Δριμείς, τραχείς συχνά, αλλά και πιο «χαμηλού επιπέδου», όμως το ίδιο βαθειά αποτυπωμένους. 

Άρα το “Rumpus Room” είναι ένα «ακραίο» θα το λέγαμε improv-ηλεκτρονικό άλμπουμ, που ισορροπεί επί του ακαθόριστου, μ’ έναν περίτεχνο τρόπο. Εννοούμε πως ακούγεται με άνεση και πως καταγράφει ενδιαφέρουσα μουσική, η οποία δεν λειτουργεί ως αυτοσκοπός.
Μη-καθορισμός διακρίνεται, όμως, και όσον αφορά στις ηχητικές προσαρμογές τού σοπράνου σαξοφώνου, που παίζει στις ίδιες σκληρές και νευρώδεις περιοχές, δημιουργώντας από μόνο του συγκεκριμένα-ιδιότροπα ηχοτοπία, τα οποία έρχεται να διαβρώσει, έτι περαιτέρω, το cacophonator.
Η ηχογράφηση, που είναι ζωντανή φυσικά, γραμμένη απ’ ευθείας, άνευ multitracking και overdubbing, σε διαφορετικές sessions, στο στούντιο L#, στην Παβία, στο διάστημα Σεπτέμβριος 2018-Αύγουστος 2019, έρχεται και αυτή φυσικά να υπογραμμίσει την ελευθερία στις κινήσεις, να επιβεβαιώσει την γοητεία του αυθόρμητου και του ανεπεξέργαστου, παρέχοντας στο “Rumpus Room” μια πειραματική αίσθηση άλλης εποχής.
Ίσως γι’ αυτό το λόγο να μην διαβάζονται εκτός τόπου και χρόνου τα γραφόμενα στο μέσα μέρος του digipak (Mark Barton “The Sunday Experience / Losing Today”, December 2019), στα οποία γίνεται λόγος για μιαν ηχογράφηση η οποία θα μπορούσε να αναφέρεται στην περιώνυμη Nurse With Wound list. Βεβαίως η NWW list κατέγραφε μόνον καλλιτέχνες και συγκροτήματα (και όχι δίσκους), όμως, και σε κάθε περίπτωση είναι σαφές το τι ήθελε να πει ο αείμνηστος Mark Barton από το blog The Sunday Experience. Εξάλλου η NWWlist είχε μέσα και Steve Lacy (ο πνευματικός πατέρας του Gianni Mimmo), ο οποίος ουκ ολίγες φορές είχε ηχογραφήσει και με ηλεκτρονικά.
Σε κάθε περίπτωση, και πέραν τούτων, το “Rumpus Room” είναι ένα άλμπουμ σκληρά πειραματικό, αλλά φτιαγμένο με μια... μαγική συνταγή που το κάνει αληθινά απολαυστικό.

Blow Up
Stefano Bianchi

"Rumpus Room” non presenta alcun multi-tracking né overdub, tutto è stato registrato in diretta tra settembre 2018 e agosto 2019 dal jazzista sui generis Gianni Mimo al sax soprano e dall’avana-multi-strumentista sui generis Luca Collivasone al cacophonator, strumento autocostruito col quale il creatore genera suoni concreti di multiformi fattezze già altre volte magnificati su queste pagine trasformandoli in musica dalle fattezze tutt’altro che onomatopeiche ( diciamo percussive, da corde, tastieristiche, aggraziatamente rumoristiche). Due figure così originali nella scena improvvisamente-avant-jazz come Collivasone e Mimmo, per più d’un verso due outsider, che finalmente s’incrociano e scozzano in nome dell'alterità che è loro propria: l’uno disegna fragranze notturne sui fili di un jazz astrale e astratto (Township Ecstasies, Beyond Turbulence,  la splendida  Longing of a Dragonfly), l’altro ne disturba mosse e movenze (Whirling Semà) come officiando qualche rito innominabile in segrete stanze (Swooning Benefit, Severe), o gli fornisce un apparato ritmico vagamente wave (As You Certainly Know), o ne commenta dispettoso le note fin quasi a parlare in lingue aliene (cosa non fa in  Nattmara ?). Musica intelligente e bella da ascoltare, non capita spesso. [7/8]

Credits: 

Luca Collivasone _ cacophonator
Gianni Mimmo _ soprano saxophone

 

Music by Luca Collivasone & Gianni Mimmo
Recorded in different sessions at L# studio in Pavia, Italy between September 2018 and August 2019.
Sound engineering, recording, mixing _ Luca Collivasone
Mastering _ Maurizio Giannotti, New Mastering Studio, Milano, Italy
Cover artwork _   Yoshihara Jiro “Work” (detail) circa 1971, gouache on paper
Liner Note by Mark (The Sunday Experience/Losing Today)
Photo _ Luca Milite
Graphics _ Nicola Guazzaloca
Production _ Luca Collivasone and Gianni Mimmo for Amirani Records

The 180 gr. Vinyl LP version of this album is available on www.amiranirecords.com in a 100 hand-numbered copies limited edition.